Na manhã deste sábado, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, reagiu às últimas declarações do líder americano, que na véspera afirmou ter “salvado” o aiatolá iraniano Ali Khamenei de ser assassinado.
“Se o presidente Trump deseja realmente chegar a um acordo, deveria deixar de lado seu tom desrespeitoso e inaceitável em relação ao líder supremo iraniano, o grande aiatolá Khamenei, e deixar de ferir seus milhões de apoiadores sinceros”, escreveu Araghchi na rede social X.
Trump disse, em uma cúpula da Otan em Haia, que as negociações seriam retomadas na próxima semana, mas Araghchi negou a intenção de Teerã de voltar à mesa de negociações com Washington.
Nesta sexta, o presidente dos Estados Unidos declarou que “sem dúvida” vai considerar bombardear o país iraniano novamente se informações de inteligência concluírem que o país é capaz de enriquecer urânio na quantidade necessária para fabricar armas nucleares.
Em sua plataforma, Truth Social, Trump criticou severamente Teerã por afirmar ter vencido a guerra contra Israel, e anunciou que suspenderia os trabalhos sobre um possível alívio nas sanções aplicadas ao país.
Nos últimos dias, o governo americano analisava as possibilidades de suspensão das sanções, uma das exigências de Teerã no longo prazo.
O republicano acusou o líder iraniano de ingratidão, depois de Khamenei afirmar, em uma mensagem em tom desafiador, que os relatos sobre os danos causados pelos bombardeios americanos a suas instalações nucleares eram exagerados e que os Estados Unidos levaram uma “surra”.
“Eu sabia EXATAMENTE onde ele se refugiava e não quis deixar que Israel ou as Forças Armadas dos Estados Unidos, de longe as maiores e mais poderosas do mundo, lhe tirassem a vida”, postou Trump.
“EU O SALVEI DE UMA MORTE MUITO HORRÍVEL E VERGONHOSA, e ele não precisa dizer ‘OBRIGADO! PRESIDENTE TRUMP!”, continuou.
“Mas não, em vez disso, recebi uma declaração de ira, ódio e repulsa, e imediatamente abandonei todo o trabalho sobre o alívio das sanções, e mais”, acrescentou Trump, exortando o Irã a voltar à mesa de negociação sobre seu programa nuclear.
G1