Lula e Alckmin. (foto: reprodução/Ricardo Stuckert)
O governo federal marcou reuniões com representantes da indústria e com nomes do agronegócio para desenhar a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à taxação de 50% anunciada pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil. O vice-presidente da República e coordenador do grupo que estuda a resposta, Geraldo Alckmin, afirmou, nesta segunda-feira (14), que o diálogo com os setores produtivos será permanente.
Leia mais no VozPB: VozPB.com.br/mundo/trump-tarifa-de-50-brasil.html”>Trump impõe tarifa de 50% sobre Brasil e menciona Bolsonaro e ‘relação comercial injusta’
As reuniões nesta terça-feira (15) devem contar com os ministros da Casa Civil, Relações Exteriores e Fazenda.
Segundo Alckmin, na reunião com representantes da indústria, às 10h, estarão nomes das áreas de aviação, aço, alumínio, celulose, máquinas, calçados, sapatos, móveis e autopeças. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, foi convidado.
Já na reunião com representantes do agronegócio, às 14h, nomes de setores de suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescados estarão presentes. Também foram convidados à mesa o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Pesca.
“Não vai se limitar a amanhã, vamos dar continuidade a esse trabalho. Também convidaremos empresas americanas, porque há a integração de cadeia. Somos o 3º comprador do carvão siderúrgico dos Estados Unidos. Fazemos o aço semiplano e vendemos para os EUA, que faz o produto acabado, o motor, o automóvel. Então há uma integração. As empresas americanas também serão atingidas. Então vamos conversar com as companhias, entidades e Câmara Americana de Comércio (Amcham)”, disse Alckmin.
Ainda de acordo com o vice-presidente, os decretos relacionados à reação brasileira à tarifa de 50% anunciada devem sair ainda nesta segunda-feira, em edição extra do Diário Oficial, ou na publicação desta terça-feira (15). Um vai regulamentar a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso no primeiro tarifaço de Trump, e outro vai detalhar a criação do comitê para analisar o cenário junto aos setores.