Porto Itapoá tem aumento de 12,6% na movimentação de contêineres no ano passado. (foto: Porto Itapoá)
O plano em resposta à taxação de 50% que os Estados Unidos estabeleceram sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto está sendo discutido nesta quinta-feira (24) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e as áreas técnicas dos ministérios da Fazenda, da Indústria e das Relações Exteriores. Segundo o ministro, o plano de contingência passará pelo “crivo” dos 3 ministérios antes de ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na próxima semana.
“Estamos fazendo aqui o trabalho de desenho de cenários para que o presidente possa estar bem apropriado de tudo que está em jogo e possa ouvir os seus colaboradores e tomar a melhor decisão”, disse em entrevista à imprensa.
Ainda segundo ele, “tentativas de contatos reiterados” com Washington e que as equipes técnicas da Fazenda e do Tesouro norte-americano permanecem sendo feitas.
GOVERNADORES
Sobre as movimentações de governadores de oposição como São Paulo e Goiás com o lançamento de linha de crédito para empresas que seriam afetadas com o tarifaço. O ministro disse que a atitude é importante, mas o problema é de “escala maior”. Segundo Haddad, governadores oposicionistas estão “mudando de posição” e “deixando de celebrar uma agressão estrangeira ao Brasil”.
“Isso é importante: caírem na real e abandonarem o movimento inicial que fizeram de apoio ao tarifaço contra o Brasil”, destacou.
“Toda ajuda é bem-vinda, mas são movimentos um pouco restritos, que não têm um alcance. Com uma linha de R$ 200 milhões, você está falando de US$ 40 milhões, são US$ 40 bilhões de exportação…É bom saber que os governadores estão mobilizados agora e percebendo, finalmente, que o problema é um problema do Brasil, não é um problema de governo, é um problema do Estado brasileiro”, disse o ministro.