Foto: Câmara dos Deputados
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) segue ativa nas redes sociais, mesmo após o bloqueio de seus perfis por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Um perfil alternativo no Instagram publicou um vídeo da deputada em que ela volta a fazer críticas a Moraes e ao STF.
No vídeo, Zambelli comenta a taxação de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e apelida a medida de “taxa Moraes”, culpando o ministro pela decisão do governo norte-americano.
“Faz muitos anos que o Moraes está brincando de ditador”, afirmou.
A deputada também pediu que as pessoas sigam o novo perfil, que chamou de “reserva”.
“Eu vou mostrar que sou inocente, por isso também eu peço para que vocês sigam meu novo perfil, algumas pessoas já descobriram; já tem alguns seguidores. Mas quero pedir para vocês me seguirem para a gente acompanhar juntos” afirmou a deputada no vídeo publicado pelo perfil.
Deputada está proibida de usar redes sociais
Zambelli está proibida de usar as redes sociais desde que Moraes determinou sua prisão preventiva em 4 de junho, após sua condenação a 10 anos de prisão pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão também incluiu o bloqueio de suas contas no X (antigo Twitter), Instagram, Telegram, YouTube, TikTok, LinkedIn, Meta e Gettr.
Ainda assim, um perfil em seu nome continua publicando conteúdos políticos e críticas ao STF. A descrição do perfil diz: “Mãe, filha e esposa dedicada, apaixonada pela liberdade e pela justiça. Deputada federal, defensora da família e dos valores cristãos”.
O perfil foi criado em maio de 2025 e já soma mais de 4.800 seguidores. A primeira publicação ocorreu em 13 de junho, cerca de dez dias após a suspensão oficial de suas redes.
Zambelli foragida
Zambelli é considerada foragida há mais de um mês. A deputada licenciada viajou para o exterior e atualmente está na Itália, após Moraes acatar um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinar sua prisão preventiva.
A ordem incluiu também o bloqueio de bens, redes sociais, contas bancárias e a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.
Em entrevista à CNN no início de julho, o advogado de Carla Zambelli, Fábio Pagnozzi, negou que a deputada esteja foragida e que ela está “à disposição das autoridades italianas”.
Pelas leis italianas, a deputada pode ser presa com base na decisão do STF e no nome na Interpol.
CNN