O Instituto Falcão Pesquisas, já conhecido por uma série de irregularidades em seus levantamentos, está novamente no centro de uma controvérsia. A Justiça Eleitoral ordenou a suspensão de uma pesquisa recente, após a constatação de que os dados apresentados eram altamente distorcidos e não seguiram o plano amostral adequado, conforme as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A pesquisa, que indicava vitória do candidato Gefferson Carnaúba, apresentou várias falhas. Além da discrepância no número de entrevistados — documentos apontavam 499 e 501 pessoas em momentos distintos —, a amostragem foi realizada de forma desproporcional. Em áreas rurais, onde era esperado que 19% da população fosse ouvida, apenas 15% foi consultada. Bairros populosos foram negligenciados, enquanto o centro da cidade recebeu atenção excessiva, sugerindo uma possível manipulação dos resultados para favorecer determinados candidatos.
Essa não é a primeira vez que o Instituto Falcão enfrenta questionamentos. O endereço indicado como sede da empresa corresponde a uma residência comum, sem qualquer indicação de funcionamento de uma organização profissional. Além disso, casos semelhantes de irregularidades já ocorreram em outros municípios, como Paulista e Catolé do Rocha, reforçando a desconfiança em torno da credibilidade dos trabalhos conduzidos pelo instituto.
Com o histórico de falhas e a crescente desconfiança popular, o Instituto Falcão consolida sua reputação negativa, se distanciando cada vez mais de práticas éticas e transparentes nas pesquisas eleitorais.