Tibério Limeira defende nome do governador João Azevedo para Senado Federal: “favorito na disputa”
Nesta quinta (10), o secretário de Administração do Estado da Paraíba, Tibério Limeira, usou suas redes sociais para se manifestar sobre as recentes medidas do governo do presidente americano Donald Trump, que aumentou em cinco vezes as tarifas sobre produtos brasileiros.
Em sua fala, o secretário, que cumpre agenda administrativa em Brasília, classificou a ação como uma “ofensiva política” em resposta à atuação da Justiça brasileira no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Donald Trump voltou a atacar o Brasil com novas taxações sobre nossos produtos. Essa ofensiva é uma reação política à atuação da Justiça brasileira, que cumpre seu dever ao julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não cabe aos Estados Unidos tentar intimidar as instituições do Brasil”, afirmou Tibério Limeira.
O secretário também reforçou a desproporção na balança comercial entre os dois países, lembrando que o Brasil compra mais dos EUA do que vende.
“A balança é deficitária entre EUA e Brasil: compramos mais do que vendemos. Nenhuma tentativa de pressão política, comercial ou ideológica será tolerada”, completou.
Impacto na Paraíba
Entre janeiro e junho de 2025, a Paraíba exportou US$ 9,88 milhões para os EUA, conforme dados da Comex Vis, plataforma que monitora o comércio exterior para o Ministério da Indústria. Já em 2024, exportou US$ 35,6 milhões, valor que corresponde a cerca de 22% das exportações paraibanas.
Entre os principais produtos exportados pelo estado estão açúcares de cana, álcool etílico não desnaturado, o mineral ilmenita, além de mamões frescos e suco de abacaxi.
A nova tarifa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, pode reduzir a competitividade desses produtos e afetar diretamente exportadores locais.
Contexto da medida de Trump
A decisão de Trump ocorre em meio a tensões diplomáticas, após o presidente americano enviar uma carta ao governo brasileiro criticando o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Na mensagem, Trump classificou o processo como uma “caça às bruxas” e uma “vergonha internacional”, defendendo o ex-presidente brasileiro, a quem chamou de “líder altamente respeitado”.
Analistas veem a medida como uma estratégia de pressão econômica para interferir em assuntos internos do Brasil, especialmente diante do alinhamento do país com os BRICS e de políticas que contrariam os interesses dos EUA.