Cientista político critica aprovação de proposta que mantém brechas para ocultar autores de emendas
O Congresso Nacional driblou o Supremo Tribunal Federal e aprovou o projeto que permite ocultar padrinhos de emendas parlamentares. O texto foi pautado pelo presidente do Legislativo, Davi Alcolumbre (União-AP), e deixa em aberto um Orçamento Secreto 3.0, com possibilidade de indicações de líderes e alterações de pedidos de repasse sem critérios claros.
O cientista político, Gonzaga Júnior, criticou aprovação da medida e disse que o texto permite que os parlamentares façam indicações por meio das suas bancadas, contando apenas assinatura do líder da sigla sem identificação do autor original da emenda.
“Mais uma vez é o Congresso tentando manter a relação de poder sobre o orçamento, que já tem, e aumentou bastante nos últimos cinco anos. 25% é de posse dos parlamentares, são mais de R$ 50 bilhões. Parlamentares nunca tiveram tanta força política e financeira em decorrência da posse desse orçamento”, analisou.