Foto: Pixabay/Ilustrativa
Bandidos roubaram dados de advogados para aplicar golpes em pessoas atendidas pela Defensoria Pública da Paraíba, segundo alerta feito pela defensora pública-geral, Madalena Abrantes. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (2), ela detalhou como os criminosos têm atuado pedindo dinheiro às vítimas.
Segundo a defensora pública-geral, os golpistas usam o sistema de registro de processos jurídicos para obter dados e entrar em contato com as pessoas atendidas pela Defensoria Pública.
“Eles pegam o CPF do defensor e, com isso, conseguem tramitar dentro do processo. E aí começam a buscar vítimas. Liga para a pessoa, se apresenta como o defensor, diz que é da Defensoria Pública, diz que a pessoa ganhou a causa e que deve realizar um pagamento a ele”, explicou a defensora pública-geral, como acompanhou o VozPB.
De acordo com Madalena Abrantes, o caso deve ser imediatamente denunciado e comunicado à Defensoria Pública. “Já registramos boletim de ocorrência”, relatou ela.
Madalena Abrantes lembra que a Defensoria Pública prioriza o atendimento presencial e não liga buscando dados ou pagamentos. “O serviço da Defensoria Pública é sempre presencial. As pessoas têm que ir à Defensoria Pública”, disse.
Serviço da Defensoria Pública
Madalena lembra que o serviço da Defensoria Pública é gratuito e oferecido “para todos aqueles que não têm condições de pagar advogado. Então todas essas pessoas são orientadas a recorrer à Defensoria Pública.”
A defensora pública-geral orienta que os interessados devem apresentar “comprovante de renda que mostre ganho de até três salários mínimos”. Em caso dos que estão acima desta faixa de renda, elas também podem recorrer à Defensoria se conseguirem comprovar situação de vulnerabilidade momentânea que as impeça de acessar seus recursos e bens, como as mulheres vítimas de violência doméstica, por exemplo.
A Defensoria Pública da Paraíba já atendeu 100 mil pessoas nos primeiros quatro meses de 2025 e conta com 182 defensores. O número de defensores é insuficiente, mas o órgão continua atuando com todos os esforços em todas as ações que tramitem na Justiça estadual.
Para processos na via da Justiça Federal, as pessoas devem procurar a Defensoria Pública da União (DPU).
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