Seu perfil seduz os mais fervorosos expoentes do Maga. “Tenho certeza de que ele concorrerá um dia à Presidência”, opinou recentemente Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e um dos mentores do movimento, que atualmente cumpre quatro meses de prisão. “Ele é de longe o mais inteligente e profundo senador que já conheci”, avaliou o comentarista político conservador Tucker Carlson.
Em seu curto mandato no Senado, liderado pelos democratas, Vance apresentou 57 projetos de lei e resoluções, mas nenhum resultou em lei. Ele se mostra firmemente alinhado com o ex-presidente: protecionista, defende a tarifação de importações e reverbera suas radicais posições sobre a imigração, clima e aborto.
É tachado de isolacionista na política externa, por opor-se à ajuda dos EUA à Ucrânia e à intervenção em outros conflitos como o do Oriente Médio. “Eu acho absurdo dedicar tantos recursos, tanta atenção e tanto tempo a um conflito de fronteira a 9 mil quilômetros de distância quando nossa fronteira sul está escancarada”, declarou recentemente, numa conferência conservadora. Este discurso é música para os ouvidos da base partidária de Trump.
Ele não estava no Capitólio, invadido em 6 de janeiro de 2021 pela turba de simpatizantes de Trump, mobilizada para impedir a certificação de Joe Biden. Mas, se fosse seu vice-presidente, agiria diferentemente de Mike Pence, que se recusou a seguir o comando do então presidente. J.D. Vance já disse a que veio antes mesmo de compor a chapa republicana.